Corredor disse que não tinha intenção de matar a namorada.
Ele afirmou que era 'profundamente apaixonado' pela modelo Reeva.
Um juiz adiou para quarta-feira (20) a audiência que começou nesta terça a decidir sobre a fiança do corredor paralímpico Oscar Pistorius, que está sendo julgado pela morte da namorada, a modelo Reeva Steenkamp.
Os trabalhos no tribunal de Pretória, na África do Sul, devem ser retomados às 5h de Brasília.
Nesta terça, Pistorius deu sua versão para o crime. Ele disse que não tinha a intenção de matar sua namorada, em declaração lida por seu advogado diante da corte.
Ele afirmou que estava profundamente apaixonado pela modelo Reeva Steenkamp, morta a tiros na quinta (14) na casa do atleta em Pretória.
Pistorius afirmou que mantinha uma pistola de 9 milímetros em casa porque estava sofrendo ameaças de morte.
Ele disse que atirou com a arma contra a porta do banheiro, por acreditar que um intruso tivesse entrado pela janela. Depois, usou um bastão de críquete para quebrar a porta.
O atleta afirmou que está "mortificado" com a morte da namorada.
Ele disse que atirou com a arma contra a porta do banheiro, por acreditar que um intruso tivesse entrado pela janela. Depois, usou um bastão de críquete para quebrar a porta.
O atleta afirmou que está "mortificado" com a morte da namorada.
'Assassinato premeditado'
A promotoria da África do Sul considera que Pistorius cometeu "assassinato premeditado" ao atirar numa "mulher inocente".
A promotoria da África do Sul considera que Pistorius cometeu "assassinato premeditado" ao atirar numa "mulher inocente".
"A vítima foi atingida três vezes quando estava no banheiro", afirmou o promotor Gerrie Nel.
"A porta do banheiro foi derrubada pelo lado de fora. Acreditamos que a porta estava trancada com chave", disse Nel.
O crime de homicídio premeditado pode ser punido com a prisão perpétua na África do Sul.
Defesa
O advogado do atleta respondeu que a morte da jovem "não foi um assassinato".
O advogado do atleta respondeu que a morte da jovem "não foi um assassinato".
"Não há nenhum elemento que indique a mínima premeditação. Tudo o que sabemos é que se trancou no banheiro. Ela foi morta no banheiro (...) ele acreditou que era um invasor", disse o advogado Barry Roux.
Pistorius chorou descontroladamente na corte enquanto Nel relatava os detalhes do crime que chocou a África do Sul e milhões de pessoas ao redor do mundo, que viram o atleta biamputado se tornar um herói nas pistas de atletismo e um símbolo da luta contra as adversidades.
O sul-africano biamputado que se tornou um dos maiores nomes do atletismo mundial foi levado ao complexo num carro da polícia. Durante o trajeto, ele cobriu a cabeça.
Reeva Steenkamp foi encontrada morta em sua casa, em Pretória, na madrugada de quinta-feira (14). A família da modelo disse em entrevista ao jornal sul-africano “Times Live” que tudo o que quer são respostas.
O funeral de Steenkamp também aconteceu nesta terça-feira na cidade de Port Elizabeth, onde houve protestos contra Pistorius.
“Ela ainda tinha muito para dar e tudo isso foi embora agora. Em um piscar de olhos ou uma respiração, a pessoa mais bela que já viveu não está mais aqui”, afirmou June Steenkamp, mãe da modelo de 29 anos. “Tudo o que temos agora é essa horrível morte para lidar. Tudo o que queremos são respostas. Respostas para por que isso teve que acontecer, por que nossa linda filha teve que morrer assim.”
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A entrevista dada por telefone ao jornal foi a primeira declaração da mãe de Reeva após o crime.
“Ela tinha muito orgulho de ser sul-africana. Ela amava esse país e todas as suas pessoas. Era o único lugar que ela podia chamar de casa”, disse June.
O pai da modelo, Barry, disse ao jornal inglês “Daily Mail” que estava se esforçando para “achar alguma razão para isso ter acontecido”.
Violência contra a mulher
A queda de Pistorius, o primeiro biamputado a correr nas Olimpíadas, chocou a África do Sul, onde muitos o viam como um raro exemplo de herói que transcendeu as divisões raciais que persistem na "Nação Arco-Íris" de Nelson Mandela.
A queda de Pistorius, o primeiro biamputado a correr nas Olimpíadas, chocou a África do Sul, onde muitos o viam como um raro exemplo de herói que transcendeu as divisões raciais que persistem na "Nação Arco-Íris" de Nelson Mandela.
Mas o assassinato de Steenkamp mais uma vez colocou um holofote sobre os níveis assustadoramente altos da África do Sul de violência contra as mulheres. O país ainda se recupera do assassinato este mês de Anene Booysen, de 17 anos, que foi estuprada, mutilada e deixada para morrer em um canteiro de obras.
A Liga das Mulheres do Congresso Nacional Africano pediu aos tribunais para negar fiança para Pistorius para mostrar que o governo está falando sério sobre o fim da violência baseada no gênero.
Sua família disse no sábado que Pistorius estava entorpecido com a dor e choque, e um pastor que o visitou no domingo (17) disse que ele ainda estava perturbado
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